Biodiversidade, um patrimônio comum

Todos os elementos da biodiversidade, sejam eles microscópicos ou gigantescos, raros ou comuns, inextricavelmente ligados à água ou adaptados à sua escassez, participam dos processos universais de criação e preservação da vida no planeta.

Está cada vez mais claro que a perda, ou mesmo a degradação, da biodiversidade corresponde a um empobrecimento da qualidade de vida e acarreta custos econômicos e sociais.

A própria vida na Terra depende dos "serviços" prestados pelos ecossistemas que mantêm um determinado nível de funcionalidade:

- Serviços de apoio: por exemplo, formação do solo, fotossíntese, ciclo de nutrientes;

- Serviços de abastecimento: por exemplo, alimentos, água, madeira e fibras;

- Serviços regulatórios: por exemplo, estabilização do clima, estrutura hidrológica, qualidade da água, barreira à disseminação de doenças;

- Serviços culturais: por exemplo, valores estéticos, recreativos e espirituais

A perda da biodiversidade, portanto, não é apenas a extinção de espécies. Em vez disso, o que está em jogo é a diminuição progressiva e o possível desaparecimento de inúmeros serviços vitais que o mundo natural nos fornece (de graça).

Em 1992, a Convenção sobre Biodiversidade foi assinada na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro. Ela constitui o primeiro ato internacional fundamental por meio do qual os Estados se comprometeram em comum acordo a interromper a perda da biodiversidade. Cada país define como implementar seus princípios, por meio da criação de um plano nacional especial.
A convenção foi ratificada pela União Europeia em 1993 e pelo estado italiano em 1994.